365 mil trabalhadores do SUS podem se contaminar com COVID-19, alerta CNS

365 mil trabalhadores do SUS podem se contaminar com COVID-19, alerta CNS
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Um documento elaborado pelo Conselho Nacional da Saúde (CNS) prevê que ao menos 365 mil profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser afastados do trabalho por conta da COVID-19. O documento se trata de um parecer técnico encaminhado ao Ministério da Saúde em que alerta sobre os números e recomenda à proteção física e psicológica dos trabalhadores.

Segundo o CNS, os indicadores relacionados a exposição ao contágio, o grau de letalidade pela Covid-19 entre os trabalhadores da saúde ainda estão sendo levantados. Mas as previsões para o Brasil estão sendo feitas com base nas variações de outro países, que tem ficado entre 4% e 12% do total de casos notificados.

“No caso do Brasil, considerando os profissionais atuantes nos serviços de saúde, provavelmente teremos entre 122 mil e 365 mil trabalhadores afastados do trabalho por contágio, adoecimento e morte pela doença”, diz o documento.

O parecer técnico assinado pelo presidente do CNS, Fernando Zasso Pigatto mostra que até fevereiro deste ano tinham mais de 3 milhões de trabalhadores da saúde no país.  A maioria, cerca de 45,46%, trabalha em unidade de saúde do SUS na região Sudeste, a mais afetada pelo coronavírus. Logo depois, os maiores quadros estão na região Nordeste, com 23,92%, Sul, com 14,69%, Centro-Oeste, que tem 8,23% do total, e, por fim, a região Norte com 7,7%.

De acordo com o documento assinado pelo presidente do CNS, Fernando Zasso Pigatto, dos mais de 3 milhões de funcionários da saúde, pelo menos 1,3 milhão são médicos, enfermeiros, odontólogos e técnicos de enfermagem. “Isso equivale a 44,08% do total de ocupações cadastradas. Esses totais são muito relevantes para pensar nas dimensões dos atendimentos feitos pelo SUS em todo o país”, ressalta no parecer.

Ainda segundo o CNS, os profissionais de saúde que estão na linha de frente de combate a COVID-19, também expostos aos riscos de contato com outras doenças.

“Longas horas de trabalho, sofrimento psicológico, fadiga, desgaste profissional, estigma e violência física e psicológica. O risco de colapso dos sistemas de saúde aumenta muito com os agravos à saúde dos trabalhadores provocados pelo próprio trabalho”, alerta o presidente.

Daniel Motta da CNN, em São Paulo


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djaildo

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