Anvisa dispensa registro para vacinas que forem enviadas ao Brasil pela OMS

Anvisa dispensa registro para vacinas que forem enviadas ao Brasil pela OMS
Redes Sociais


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (9), a regulamentação dos procedimentos para importação e monitoramento das vacinas contra Covid-19 do consórcio Covax Facility.

O Covax é uma iniciativa promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê a distribuição global de doses de vacinas contra a Covid-19 e prevê doses também para países mais pobres.

Em nota, a Anvisa afirma que a resolução aprovada “dispensa o registro e a autorização temporária de uso emergencial das vacinas adquiridas” através do Covax Facility. Isso significa que, mesmo vacinas contra a Covid-19 que não tenham sido autorizadas no Brasil, podem ser usadas caso recebam a chancela do consórcio da OMS.

De acordo com a agência, a decisão “reduz a duplicação de esforços regulatórios”. A lógica é que potenciais vacinas que tenham passado por “avaliação regulatória equivalente à desempenhada pela Anvisa” devem contar com confiabilidade da parte do Brasil.

O acordo estima que o Brasil receba 10,6 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca ainda no primeiro semestre de 2021.

Após a aprovação do processo regulatório por parte da Anvisa, o Ministério da Saúde passa a ser o responsável pela verificação das condições da cadeia de transporte, prazo de validade, manutenção da qualidade das vacinas importadas e armazenamento, bem como o monitoramento pós-distribuição e pós-uso.

A diretora da Anvisa, Meiruze Sousa de Freitas destacou que a distribuição das vacinas também depende da disponibilidade da farmacêutica.

A vice-diretora geral da OMS, Mariângela Simão, em entrevista à CNN disse que o Brasil só terá benefícios com a entrada no consórcio mundial de vacinas (Covax), pois não dependerá mais apenas de acordos bilaterais entre o governo e as farmacêuticas para a aquisição de imunizantes.

Mariângela falou sobre a formalização no Senado da entrada do Brasil no Covax, ligado à OMS, para ter acesso mais amplo às vacinas contra a Covid-19 que estão sendo produzidas no mundo. A adesão, no entanto, ainda precisa da sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Mesmo que o Brasil já tenha dois acordos bilaterais, um deles com a Sinovac, que produz a Coronavac, e outro com a AstraZeneca, ainda assim se vê que os quantitativos que serão necessários em 2021 e 2022 são muito maiores do que qualquer capacidade de produção local e exportação dessas vacinas”, explicou a especialista.

CNN Brasil


Redes Sociais

djaildo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *