Bancos perdem R$ 2,7 bi em tarifas e buscam diversificar Pix

Bancos perdem R$ 2,7 bi em tarifas e buscam diversificar Pix
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À medida que o Pix ganhou terreno entre os brasileiros, os cinco maiores bancos do país viram suas receitas de serviços de conta corrente caírem quase R$ 2,7 bilhões em 2021. Mas o sistema também abriu novas possibilidades de negócios e ganhos, como a oferta de crédito para transações via Pix.

Depois do Bradesco, pioneiro na modalidade, o Santander lançou, no início de março, a opção de Pix parcelado, aquecendo a disputa no setor.

István Kasznar, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV/EBAPE), destaca que o Pix e suas novas funcionalidades se inserem na estratégia de transformação digital no sistema financeiro.

“Não surpreende que o sistema bancário, sobretudo o grande banco de varejo, esteja tendo que rever o seu portfólio integrado de produtos, serviços e tarifas”, afirmou.

Em 2021, as operações via Pix aumentaram mais de cinco vezes no Santander, com um valor transacionado de cerca de R$ 20 bilhões entre pessoas físicas. Enquanto isso, as receitas de serviços de conta corrente totalizaram R$ 3,80 bilhões, ante 3,96 bilhões em 2020, redução de 3,9%. Neste contexto, o banco avançou em uma nova linha de negócio.

O “Divide o Pix” é uma nova operação de crédito pessoal disponibilizada pelo Santander, na qual o correntista pode parcelar o valor do Pix enviado em até 24 vezes. Sobre a transação, no valor mínimo de R$ 100, incide a cobrança de juros, que variam a partir de 2,09% ao mês, e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

“Normalmente, as pessoas procuram o crédito parcelado depois de terem feito o consumo e precisarem de um fôlego financeiro. Nosso pensamento foi de inverter essa lógica e entrar no exato momento em que as pessoas estão consumindo”, disse Luciana de Aguiar Barros, diretora de Produtos de Crédito para Pessoas Físicas do Santander.

Segundo ela, 80% dos clientes que parcelaram o Pix não são tomadores triviais de crédito. Na primeira semana de operações, o banco registrou mais de 2 mil transações na modalidade, com parcelamento médio de 12 vezes e valor médio de R$ 880 – o dobro quantia média das operações via Pix (R$ 400).

Segundo outros funcionários do banco, um serviço no qual o cliente poderá escolher a data de débito das transações efetuadas pelo sistema de pagamentos instantâneos está em desenvolvimento.

Atender o segmento de pessoas jurídicas na oferta de crédito via Pix está no radar do Santander e também do Bradesco para os próximos meses.

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djaildo

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