Pelo menos uma nova variante do coronavírus foi introduzida no Brasil com a realização da Copa América no Brasil. Segundo o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, amostras de testes colhidos de duas pessoas no Mato Grosso identificaram a presença da nova cepa B. 1.216, até então inédita em território brasileiro.

Os testes positivos foram de um colombiano e um equatoriano, justamente os países que se enfrentaram na Arena Pantanal, em Cuiabá, na abertura da Copa América, em 13 de junho. No último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, 179 pessoas relacionadas ao torneio estavam com o vírus.

A descoberta de uma nova variante não é uma surpresa, visto que a chegada de jogadores, comissão e pessoas ligadas a organização do evento ao Brasil representava um risco, e foi um dos motivos para que especialistas e autoridades de saúde criticassem a realização da Copa América em solo brasileiro.

Alguns estados, inclusive, vetaram a possibilidade de receber partidas do torneio, como São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Variante já chegou nos Estados Unidos e na Europa 

A variante encontrada nos testes é originária da Colômbia, mas já chegou no Caribe, nos Estados Unidos e em algumas localidades da Europa. Variantes de interesse, como a B 1.216, são aquelas mutações que precisam ser acompanhadas mas que, até o momento, não trouxeram indicação de desenvolverem formas mais letais ou contagiosas da doença. Há ainda as variantes de preocupação, como a Delta, que têm essas características.

Desde que o governo federal e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciaram a realização da Copa América no Brasil, o Ministério da Saúde solicitou auxílio do Adolfo Lutz para a realização do mapeamento genômico dos testes de Covid-19 realizados no pessoal envolvido na competição. É o mapeamento que permite a identificação de novas variáveis.

R7/Correio do povo