No ano de 2020, houve um aumento de 36,79% de ataques de phishing no período próximo à Black Friday, em relação ao mesmo período de 2019. Se analisarmos especificamente a sexta-feira do evento, o aumento é ainda maior: 74,21%.
A perspectiva é de que o número de ataques para esse ano permaneça alto, já que muitas pessoas passaram a usar mais os meios digitais depois da pandemia. Por isso, é importante estar alerta sobre os possíveis golpes que podem aparecer neste período de grande consumo online.
Thiago Bordini, professor coordenador da pós-graduação em Inteligência de Ameaças Cibernéticas no Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista (IDESP) comenta: “É muito importante que os consumidores estejam atentos aos detalhes como: URL dos sites; envio de promoções e descontos; páginas e perfis falsos; entre outros. As tentativas de fraudes têm crescido e estão cada vez mais disfarçadas, o que dificulta a percepção do consumidor se não tiver um olhar atento”.
Diante disso, o especialista destacou os principais golpes cometidos neste período e dicas de como se prevenir:
Golpes mais comuns
– Phishing: páginas e perfis falsos;
– Golpes por WhatsApp: envio de falsas promoções e descontos;
– Fraudes com boletos: cobranças indevidas que deixam a opção de boleto mais barata no site para convencer o consumidor escolher essa opção, porém, é muito difícil recuperar o dinheiro desta forma;
– Compras fraudulentas: uso não autorizado de dados pessoais para compras com cartões ou credenciais;
– Golpes de instituições bancárias: entram em contato como se fossem do departamento antifraude do banco, com a justificativa que seu cartão teve uma compra de alto valor e pedem os dados do cartão para confirmar a operação.
Dicas para se prevenir
– Planeje: comece a monitorar os preços dos produtos que deseja comprar com antecedência para verificar de fato se as promoções são realmente verdadeiras e vantajosas;
– Desconfie: promoções que chegam por e-mail, SMS, WhatsApp e anúncio em redes sociais e Google;
– Pesquise: procure o valor do produto que deseja em diversas lojas e fique atento a produtos com valores muito abaixo da média;
– Confira: criminosos criam sites falsos mudando poucas letras ou acrescentando termos na URL para que passe desperecido pelo consumidor;
– Consulte: a veracidade do CNPJ e avaliações no site e Procon.
Por fim, Bordini destaca: “Este período é esperado por ambas as partes, criminosos e consumidores. Porém, os varejistas também devem se preocupar, já que essas práticas podem afetar diretamente seus negócios”.
Fonte: Blog da Juliska