IFRN implanta programa de residência agrícola

IFRN implanta programa de residência agrícola
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Campus Ipanguaçu do IFRN está em fase de implantação de um programa de residência universitária voltado ao desenvolvimento da agricultura familiar. O projeto foi aprovado em outubro de 2020 pelo Edital AgroResidência, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e já iniciou a sua primeira fase de execução.

O foco são os territórios Açu-Mossoró e Sertão do Apodi e as ações vão ser desenvolvidas em empreendimentos associativos e cooperativos. Para a primeira fase, foram selecionados seis bolsistas que vão atuar como residentes em 2021. Eles vão receber apoio financeiro, através do recurso aprovado junto ao Edital do Mapa, para se alojarem nas regiões dos empreendimentos e realizar acompanhamento e capacitações sobre gestão.

Os residentes vão morar nos municípios onde funcionam os empreendimentos (Natal, Mossoró, Ipanguaçu, Assu e Apodi). Nos casos de Assu e Ipanguaçu, eles poderão escolher moradia nos assentamentos rurais Novos Pingo e Pedro Ezequiel, respectivamente. Em 2022, outros seis bolsistas serão selecionados. Eles vão se responsabilizar pela segunda fase do projeto, que consiste na implantação dos planos de ação nas unidades residentes, visando à melhoria da gestão das iniciativas assessoradas.

O responsável pelo projeto, professor Paulo Sidney, explicou que o trabalho compreende tanto aspectos societários quanto gerenciais. Com base nas avaliações realizadas pelos participantes serão implementados programas de capacitação voltados aos dirigentes dos empreendimentos envolvidos. O projeto, construído pelo Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) do Campus Ipanguaçu, foi um dos 9 avaliados com nota máxima pelo Mapa. No total, foram selecionados 75 projetos em todo o país.

“Os residentes vão receber, no Campus Ipanguaçu, uma complementação à formação teórica dos cursos que fizeram, voltada às temáticas Agroecologia, Desenvolvimento Rural Sustentável e Gestão de Empreendimentos na Agricultura Familiar. Cada professor elaborou sua proposta dentro das linhas de pesquisa trabalhadas pelo NEA. Alguns pontos, como os aspectos metodológicos, foram construídos de forma coletiva, mas a responsabilidade técnica pela elaboração foi de cada um. Inclusive, um dos critérios de avaliação do projeto era o currículo do professor e a pertinência com o conteúdo apresentado no projeto”, esclareceu Paulo.

“Já começamos a execução do projeto e esperamos que ele alcance seu objetivo, que é fortalecer o processo de ensino-aprendizagem dos residentes e desenvolver os empreendimentos agrícolas”, explicou o diretor-geral do Campus Ipanguaçu, professor Geraldo Júnior. Para viabilizar a execução do recurso destinado pelo Mapa, no valor de R$ 217.760,18, foi celebrado um contrato com a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do IFRN (Funcern).

A primeira capacitação com os residentes e com cinquenta por cento dos suplentes classificados vai acontecer nos dias 23 a 25 de fevereiro. A capacitação será de forma remota, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A partir do dia primeiro de março eles iniciam os trabalhos diretamente com os empreendimentos.

O título do projeto é “Qualificação profissional de estudantes e profissionais em gestão de empreendimentos associativos/cooperativos vinculados ao agronegócio da agricultura familiar nos Territórios Açu-Mossoró e Sertão do Apodi”. Os professores e residentes envolvidos vão apresentar os resultados alcançados em artigos científicos que serão divulgados em âmbito regional e nacional. Será editada ainda uma publicação voltada para a área da gestão dos empreendimentos coletivos solidários. “Será uma cartilha que visa a fornecer e complementar informações para os dirigentes dos empreendimentos assessorados”, finalizou Paulo Sidney.

As cooperativas e órgãos públicos envolvidos com o projeto são os seguintes:

  • Associação de Comercialização Solidária Xique Xique;
  • Cooperativa de Comercialização Solidária Xique Xique (Cooperxique);
  • Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável (Coopapi);
  • Federação de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Rio Grande do Norte – Federação UNICAFES;
  • Associação Renascer dos Artesãos da Carnaúba (Assentamento Pedro Ezequiel);
  • Cooperativa de Produtores do Assentamento Novo Pingos (Coopingos);
  • Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater/RN).


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djaildo

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