Pandemia mexe na tradição de 63 anos e deixa pela primeira vez, o município de Cerro Corá sem sua tradicional festa de São João.

O ano de 2020 ficará marcado como um dos mais difíceis na história da humanidade. A pandemia do coronavírus, que assolando o planeta, deixando um rastro de mortes e enlutados, sem falar na mudança de hábitos e o medo que aflige a população mundial. No Brasil não é diferente, além da crise de saúde, temos ainda a crise política, com reflexos notáveis na economia e no desenvolvimento do país. Além disso, a necessidade de se fazer o isolamento social, como estratégia de contingência ao vírus, impactou o modo de vida de todos nós.

Para os nordestinos, então, esse momento ficará marcado como o ano em que não houve São João, uma das festas mais esperadas e amadas da região. Os festejos juninos foi o primeiro grande evento sociocultural brasileiro diretamente impactado pelo coronavírus e sua não realização vem sendo sentida desde o fim do Carnaval, quando ainda nem se sabia ao certo como estaríamos em meados de maio e junho.

O município de Cerro Corá que costumeiramente a mais de 63 anos ininterruptamente, festejava na noite de 23 de junho a sua noite maior na grandeza dos festejos de seu padroeiro São João, a maior da região, pela primeira vez, teremos neste atípico ano de 2020 um São João sem festa, sem fogueira, quadrilhas nas ruas, passeio de carros, comidas típicas, entre outras tradições. Com o avanço da covid-19 no país, muitos brasileiros têm levado as tradicionais comemorações juninas, assim como nós, para dentro de casa.

O São João é um dos mais importantes eventos cultural, econômico e social do nosso município, que ajuda a impulsionar a economia local. Mas infelizmente, neste momento de pandemia, seu cancelamento, é o caminho certo a seguirmos para que possamos frear a disseminação do vírus”, é necessário prevenir o contágio da Covid-19, evitando que milhares de pessoas sofram uma possível infecção.
Por isso, neste São João, “Fique Em Casa” com sua família e evite aglomerações.

Acréscimo do leitor: Consta no livro de tombo, um ano, no paroquiato do saudoso Monsenhor Ausônio, que não foi realizada a festa, nem em junho e nem em outubro. Além disso, na década de 60 a festa acontecia em outubro.Consta também um ano que a festa foi realizada em novembro. Relato ainda que a festa não tem apenas 63 anos, a Paróquia que tem essa idade. A festa tem mais de 100 anos, haja vista que a primeira capelinha foi erguida em 1900.

Itamarzinho.