Senado aprova auxílio aos Estados com mudanças da Câmara. Vejam as categorias que ficaram fora do congelamento

Senado aprova auxílio aos Estados com mudanças da Câmara. Vejam as categorias que ficaram fora do congelamento
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O Senado manteve nesta 4ª feira (6.mai.2020) parte das modificações feitas pela Câmara dos Deputados em relação ao auxílio aos Estados para o combate à pandemia da covid-19. A matéria vai à sanção. O presidente do Senado e relator do projeto, Davi Alcolumbre (DEM-AP), incluiu policiais federais e professores na lista de quem poderá ter aumento de salário.

Além dessas categorias, poderão ter reajuste a Polícia Rodoviária Federal, guardas municipais, trabalhadores da educação, lixeiros, agentes funerários e assistentes sociais.

Alcolumbre também colocou de volta no texto o critério proporcional para divisão dos recursos aos Estados, aprovado pelos senadores e retirado pelos deputados.

Ao todo, o impacto do projeto deve ser de quase R$ 103 bilhões. Esse foi o cálculo do governo para a versão do projeto aprovada pelos deputados. Seriam transferidos R$ 60 bilhões diretamente aos Estados e municípios. Outros R$ 43 bilhões seriam resultado da economia alcançada pelo congelamento de salários dos servidores.

Na versão originalmente aprovada pelos senadores, Estados e municípios alcançariam R$ 93 bilhões com o não reajuste salarial dos funcionários públicos até o fim de 2021. Alcolumbre, contudo, aceitou a maior parte das mudanças da Câmara que aumentavam a lista de profissões protegidas do congelamento. São quase R$ 30 bilhões a menos que a proposta do governo, que contava com 1 impacto total de R$ 130 bilhões. Eis a história da desidratação da proposta:

Ao todo, são cerca de R$ 87 bilhões retirados da economia prevista inicialmente pelo governo federal com o não pagamento de aumentos por 18 meses.

QUEM SE BENEFICIOU

Foram incluídos nas categorias que poderão ter reajuste: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, guardas municipais, agentes socioeducativos, profissionais de limpeza urbana, de assistência social, trabalhadores da educação pública e profissionais de saúde da União. Já faziam parte dos que poderão ter reajuste nos próximos 18 meses, servidores da saúde como um todo e policias militares e civis.

O senador estendeu a possibilidade aos professores durante a sessão desta 4ª feira (6.mai): “Nós percebemos ser essencial, dada a importância que o Senado Federal teve nesse processo e também a importância devota aos professores e à educação pública brasileira, que esteja refletido também no programa federativo de enfrentamento ao coronavírus.”

CRITÉRIO PARA RECEBIMENTO

A Câmara também havia trocado o critério que estabelecia o valor do repasse de acordo com a quantidade de casos de coronavírus do Estado. Em vez do número relativo, o projeto aprovado levava em conta o número absoluto. O Amapá de Davi Alcolumbre receberia menos dinheiro. O senador rejeitou essa alteração e voltou à redação do texto original.

Em seu relatório, o presidente da Casa defendeu a escolha: [A taxa de incidência] permite comparações e análises mais precisas do problema. O número absoluto de casos (ou incidência como quer a emenda da Câmara dos Deputados) não é capaz de revelar uma realidade que vai além da mera contagem matemática.”

Outra alteração rejeitada pelo senador é a de que permitia que todos os trabalhadores dos setores citados pudessem receber reajustes. Agora, apenas aqueles que estiverem “diretamente envolvidos” ao combate da pandemia poderão ter aumentos nos salários.

O PROGRAMA

O socorro aos Estados estipula que a União terá que transferir R$ 60 bilhões para os entes da Federação. O montante deve ser usado por governadores e prefeitos para combater a pandemia da covid-19. Além de suspensões das dívidas de R$ 60 bilhões de Estados com a União até o fim de 2020.

A ajuda financeira deve ser diluída ao longo de 4 meses. O recurso será divido em R$ 7 bilhões aos Estados e ao Distrito Federal e R$ 3 bilhões aos municípios –exclusivos para ações de saúde e assistência social.

Esses R$ 10 bilhões para a Saúde deverão ser repartidos entre os entes, cada 1 com a parte citada acima, da seguinte maneira:

  • 40% de acordo com a taxa de incidência (número proporcional de casos);
  • 60% de acordo com a população de cada Estado ou cidade.

Outros R$ 30 bilhões irão diretamente para Estados e DF, e R$ 20 bilhões aos municípios.

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djaildo

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