Servidores ameaçam ir à Justiça se Governo do RN insistir com plano que prioriza vacinação só de professores
Em entrevista ao programa “12 em Ponto 98”, da 98 FM Natal, a sindicalista criticou o planejamento do governo estadual e disse que a vacina deve ser disponibilizada para todos os trabalhadores da educação, inclusive da rede privada. A sugestão é que, se não houver doses suficientes para aplicar a vacina de uma vez, que seja feito um escalonamento considerando idade e possíveis comorbidades, mas não priorizando grupos profissionais.
“Nós do Sinsp estamos prontos com nossa ação. Caso tenha (a vacinação), vamos judicializar essa vacinação de um segmento em detrimento de outro. A vida dos servidores, dos professores, das escolas pública e privada, e dos servidores importam”, enfatizou Janeayre Souto.
A presidente do Sinsp afirmou que, ao buscar priorizar professores na vacinação, a governadora Fátima Bezerra age com corporativismo, já que ela é oriunda do movimento sindical dos educadores.
“Talvez o corporativismo tenha sido maior, como (ela, a governadora) foi corporativista quando deu 16,38% (de reajuste) para os procuradores, para os auditores (fiscais), delegados e 23% para a categoria dela, do magistério”, destacou a sindicalista.
Plano de vacinação
No início desta semana, o Governo do Estado anunciou um plano de vacinação para trabalhadores da educação como parte da estratégia para a retomada das aulas presenciais na rede pública.
O plano prevê que a imunização será em quatro etapas: inicialmente, para professores da rede pública; depois, para os demais trabalhadores das escolas na rede pública; depois, para professores da rede privada; e, por fim, para os demais trabalhadores das escolas na rede privada.
A ideia do governo estadual era começar a vacinação na próxima segunda-feira (24) utilizando parte do estoque de vacinas que estão guardadas como “reserva técnica”. Depois da repercussão negativa do plano, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informou ao PORTAL DA 98 FM que o início da imunização depende de uma “pactuação” entre Governo do Estado e Ministério Público.
98 FM