Brasil tem 35 mil famílias aptas a adotar, mas 4 mil crianças aguardam por um lar

Brasil tem 35 mil famílias aptas a adotar, mas 4 mil crianças aguardam por um lar
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Mais de 32 mil crianças e adolescentes estão abrigados pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), mas apenas 4.000 estão aptos a ser adotados, apontam dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No Brasil, 35 mil famílias estão cadastradas no SNA, o que mostra que, para cada criança, existem oito pessoas qualificadas para a adoção.

Segundo a doutora em direito das relações sociais Lygia Copi, o fato de 4.000 crianças continuarem na fila mesmo com 35 mil famílias aptas para a adoção pode ser explicado pela exigência de um perfil idealizado e pela demora no processo adotivo. Dados do SNA mostram que, nos últimos quatro anos, crianças de até 6 anos foram as mais adotadas no Brasil. Hoje o sistema é composto de 48% de adolescentes de 12 a 17 anos.

No Distrito Federal, por exemplo, 98% das famílias desejam adotar crianças com até 3 anos, saudáveis e que não tenham irmãos. Segundo a Vara da Infância e da Juventude do DF, 92% dos jovens cadastrados no sistema são maiores de 3 anos; 52% integram um grupo de três irmãos ou mais; e 28% têm alguma deficiência ou grave problema de saúde.

Lygia explica que a demora no processo está relacionada, ainda, com a carência de profissionais na área jurídica de órgãos públicos que lidam com as adoções. Para a especialista, a burocracia não é um problema no processo, já que serve para resguardar as crianças e os adolescentes.

Por outro lado, a maioria das crianças cadastradas no sistema, que não estão aptas para adoção, sofre com a falta de perspectiva de ser acolhida por famílias. De acordo com Lygia, na maior parte dos casos, os jovens não estão prontos para ser adotados por causa da demora na decisão judicial sobre a perda do processo familiar.

Em alguns casos, as crianças acabam crescendo dentro de abrigos e sem nenhuma relação familiar. “Quando completam 17 anos, elas têm que ir embora e surge outro problema social. Muitos acabam em situação de rua ou nas drogas”, explica a jurista.

Fonte: r7


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djaildo

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