IDEMA Propõe Criação de Refúgio de Vida Silvestre para Conservação da Caatinga

IDEMA Propõe Criação de Refúgio de Vida Silvestre para Conservação da Caatinga
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No Diário Oficial do Estado (DOE) datado de 10 de agosto, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema, anunciou o início de uma consulta pública para a criação da Unidade de Conservação Estadual, categoria de Proteção Integral, intitulada “Refúgio da Vida Silvestre Serra das Araras”. Com uma área total de 12.356 hectares, localiza-se nos municípios de Cerro Corá, Currais Novos e São Tomé, e é considerada uma das Áreas Prioritárias para Conservação da Caatinga pelo Ministério do Meio Ambiente.
O objetivo da iniciativa é preservar o ecossistema da Caatinga, o bioma mais extenso no território do Rio Grande do Norte, e impulsionar o turismo sustentável. O Idema convida instituições ambientais, entidades públicas federais, estaduais e municipais, organizações não governamentais, setores produtivos e a comunidade em geral a contribuir por meio de uma consulta pública virtual. As contribuições podem ser enviadas até o dia 10 de setembro, através de um formulário disponível no site do Idema.
A proposta para a criação do Refúgio foi elaborada em colaboração com professores e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, além de organizações da sociedade civil da região do Seridó potiguar. O Núcleo de Unidades de Conservação do Idema (NUC) liderou o desenvolvimento da proposta.
Ilton Soares, supervisor do NUC, destacou a importância da Caatinga e a necessidade de esforços para sua conservação, afirmando que o Refúgio da Vida Silvestre será uma ferramenta para proteger a biodiversidade e promover o turismo sustentável no Rio Grande do Norte.
O diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, reconheceu a relevância de alinhar as políticas de conservação da biodiversidade com os desafios das mudanças climáticas e da sustentabilidade. Além disso, considerou a importância da área proposta na preservação dos recursos hídricos e no combate à desertificação na região semiárida, como um meio de mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir a segurança hídrica.
De acordo com o professor Mauro Pichorim, do Departamento de Botânica e Zoologia da UFRN, a região abriga cerca de 230 espécies de aves, incluindo algumas endêmicas e ameaçadas de extinção ou raras, como a arara-maracanã (Primolius maracana) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva). Ele enfatizou que a proteção das serras e encostas da área proposta é crucial para preservar os ambientes naturais e a reprodução dessas espécies.
A criação do Refúgio da Vida Silvestre Serra das Araras representa um passo significativo para a conservação da biodiversidade na região da Caatinga e destaca o compromisso do estado em preservar e promover a sustentabilidade ambiental.


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djaildo

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