Netflix aumenta preços nos EUA e Europa e cancela plano básico no Brasil
Conforme esperado, a Netflix anunciou na quarta-feira (18), durante apresentação de seus resultados financeiros, um aumento de preços nos EUA e em parte da Europa — mais especificamente França e Grã-Bretanha. O streaming, que ainda divulgou suas próximas estratégias, também surpreendeu ao comunicar que o plano básico sem anúncio será descontinuado para novos assinantes no Brasil.
A Netflix aumentou o preço nos EUA de seu plano premium sem anúncios em US$ 3 por mês, indo para US$ 23. Na Grã-Bretanha o aumento foi de 2 libras, indo para 18 libras, e na França de 2 euros, alcançando os 20 euros;
No Brasil, o plano básico sem anúncios, aquele de R$ 25,90, não estará mais disponível para novos assinantes, sobrando apenas os planos: padrão com anúncios (R$ 18,90), padrão sem anúncios (R$ 39,90) e premium (R$ 55,90);
Segundo a empresa, a medida vem para impulsionar assinaturas de outros planos da plataforma, como o “padrão com anúncios” — estratégia funcionou bem em outros países;
De acordo com a Reuters, além do aumento de preços e cancelamento do plano básico sem anúncios no Brasil, a Netflix também divulgou que quase 9 milhões de assinantes aderiram ao streaming em todo o mundo no terceiro trimestre, superando a previsão dos analistas de Wall Street de 6 milhões. A empresa espera um número semelhante de adições para o trimestre atual.
A companhia relacionou o sucesso não apenas as últimas estratégias — como o fim do compartilhamento de senhas —, mas também ao desempenho global de One Piece e outros lançamentos que eram muito esperados pelo público, como a última temporada de Sex Education. A chegada de programas licenciados, como Suits, da Comcast, e Band of Brothers, da HBO, também ajudou.
Vale mencionar que a greve dos roteiristas, que terminou recentemente, também era um ponto de preocupação para a empresa, embora ela tenha resistido bem devido à sua presença internacional e ao seu forte catálogo.
Estes são os momentos em que estou feliz por termos uma seleção de programação tão rica, profunda e ampla. O mesmo aconteceu durante a Covid, quando conseguimos administrar a lista durante uma interrupção de produção prolongada e bastante imprevisível.
Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, após a divulgação dos resultados trimestrais.
Olhar Digital
