Rede privada será contratada para zerar a fila de cirurgias no RN

Rede privada será contratada para zerar a fila de cirurgias no RN
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A Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap/RN) vai contratar hospitais privados de Natal e de Mossoró para atender a demanda de cirurgias vasculares no estado. A intenção é que, em até três meses, seja zerada a fila de espera, que até a última sexta-feira (18) contabilizava 263 pacientes. Serão, no mínimo, 100 cirurgias por mês e a secretaria diz que ainda nesta semana deverá detalhar quais hospitais realizarão os procedimentos e de qual forma os pacientes serão regulados.

Nos últimos três meses, a fila de pessoas aguardando procedimentos vasculares mais que dobrou no RN: passou de 147 para quase 300, conforme registrado pela TRIBUNA DO NORTE no início deste mês. Um deles, o aposentado José Alves de Souza, de 78 anos, acabou falecendo vítima de uma infecção generalizada no final de outubro, enquanto aguardava por uma cirurgia.

Diante da gravidade da situação, o Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) ajuizou ação civil pública e, em sessão de mediação realizada na última quinta-feira (17), pela Justiça Federal, ficou definida uma “força-tarefa” para a realização dos procedimentos e garantida a contratação dos hospitais privados por 90 dias, podendo o prazo ser prorrogado. Representantes dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, além das Defensorias Públicas do Estado e da União, também acompanharam a audiência.

Segundo o Cremern, a medida é necessária porque a demora no atendimento e a falta de perspectiva de melhora do quadro colocam centenas de pacientes diabéticos em risco elevado de morte e de amputações que poderiam ser evitadas. Isso porque os pacientes com problemas vasculares são pessoas com infecções e distúrbios em decorrência da diabetes, por isso o risco de amputação ou morte por infecção generalizada é alto.

Foi o que aconteceu com o idoso José Alves, segundo seus familiares. Ele iniciou a saga por atendimento no início de setembro. Entre idas e vinda às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais, precisaria, a princípio, amputar o dedo. Depois precisaria perder o pé inteiro. Acabou com a perna infeccionada e essa infecção se generalizou, comprometendo rins e pulmões.

Atualmente, o Rio Grande do Norte tem somente dois hospitais públicos que realizam cirurgias vasculares para pacientes com diabetes. De acordo com a Sesap, o Hospital Pedro Germano, conhecido como Hospital da PM, em Tirol, realiza mais de 100 cirurgias vasculares por mês. Já o Hospital Doutor José Pedro Bezerra (Santa Catarina) realiza, em média, sete cirurgias por semana.

Tribuna do Norte.


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djaildo

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