Vacinas não significam “zero Covid-19”, alerta OMS
— Estamos vendo surgirem dados de que a proteção pode não ser vitalícia e, portanto, pode haver reinfecções — disse Ryan — Vacinas não equivalem a zero Covid.
O progresso recente nos imunizantes contra a Covid-19 é positivo, mas a OMS está preocupada que isso tenha levado a uma crescente percepção de que a pandemia chegou ao fim, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
— O progresso nas vacinas nos dá um impulso e agora podemos começar a ver a luz no fim do túnel. No entanto, a OMS está preocupada com a crescente percepção de que a pandemia da Covid-19 acabou — disse ele.
Tedros afirmou que a pandemia ainda tem um longo caminho a percorrer e que as decisões tomadas pelos cidadãos e governos determinarão seu curso no curto prazo e quando ela irá acabar.
— Sabemos que tem sido um ano difícil e as pessoas estão cansadas, mas em hospitais que funcionam com ou acima da capacidade, é o mais difícil possível — disse ele. — A verdade é que atualmente muitos lugares estão testemunhando uma transmissão muito alta do coronavírus, o que está colocando uma enorme pressão sobre hospitais, unidades de terapia intensiva e profissionais de saúde.
A Grã-Bretanha aprovou a vacina Covid-19 da Pfizer na quarta-feira, saltando à frente do resto do mundo na corrida para iniciar as inoculações em massa.
A mudança aumentou as esperanças de que a maré possa em breve se voltar contra o vírus que já matou quase 1,5 milhão de pessoas no mundo, martelou a economia mundial e mudou a vida normal de bilhões desde que surgiu em Wuhan, China, um ano atrás.
O Globo