Governo Fátima Bezerra consegue no TCE direito de aumentar em 12% os mais altos salários do Estado
Para vitória da sua categoria, Carlos Eduardo Xavier deixou de lado a função de secretário de Estado e atuou parecendo um verdadeiro dirigente sindical, articulando e coordenando as demandas dos auditores fiscais.
Enquanto isso, a diferença salarial entre mais humildes e os que ganham mais sobe no governo Fátima. Ultrapassando mais de 30x a diferença entre os menores e maiores salários do funcionalismo público estadual.
Impacto de R$ 40 milhões
Uma vitória para Cadu, mas uma derrota para os cofres públicos do Estado, pois o aumento da Unidade de Parcela Variável (UPV) em cerca de 12% representa o impacto financeiro de quase R$ 40 milhões em três anos: R$ 12 milhões em 2021, R$ 13 milhões em 2022 e R$ 13 milhões em 2023.
A somatória é superior aos R$ 38 milhões de impacto na folha salarial. Desse valor, apenas em um ano serão mais de R$ 4 milhões destinados aos auditores fiscais da ativa, somando vantagens, patronal e férias, e R$ 9 milhões vão para auditores aposentados pelo Estado, como podemos ver nessa imagem elaborada pelo próprio governo.
Vale lembrar que os mesmos auditores fiscais do Estado que receberam 16,38% de reajuste em 2019. Dois anos depois conseguem aumentar ainda mais seus salários, que já são um dos maiores do funcionalismo público do Estado, ultrapassando os R$ 35 mil mensais.
TCE entrou com representação para governo suspender reajuste
Em maio, a Diretoria de Despesa com Pessoal do Tribunal de Contas do Estado entrou com representação contra o reajuste que o governo do Estado deu aos auditores fiscais através de resolução assinada pelos secretários Virgínia Ferreira e Carlos Eduardo Xavier.
Veja a Resolução do Estado aqui e a decisão cautelar do TCE aqui.
*Gilberto Silva