Esse final do ano pode ser o mais quente da história

Esse final do ano pode ser o mais quente da história
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O período entre 2015 e 2022 caminha para ser o intervalo de oito mais quente já registrado na história, frente a concentrações cada vez maiores de gases de efeito estufa e calor acumulado, diz o relatório provisório sobre o estado do clima global de 2022, da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A entidade é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

O documento, divulgado neste domingo (6), data de abertura da 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, aponta que as concentrações dos principais gases de efeito estufa –dióxido de carbono, metano e óxido nitroso– mais uma vez atingiram níveis recordes em 2021, sendo que o aumento anual da concentração de metano foi o maior já registrado. Além disso, dados das primeiras estações indicam que continuam a aumentar em 2022.

As ondas de calor extremas, secas e inundações devastadoras afetaram milhões e custaram bilhões em 2022, indica o relatório.

No Reino Unido, a temperatura ultrapassou os 40º pela primeira vez. No Paquistão, chuvas recordes levaram 1.700 pessoas à morte e 7,9 milhões foram deslocadas de forma forçada, chegando a 33 milhões de indivíduos afetados. Na África Ocidental, a seca mais longa em 40 anos agravou a situação de insegurança alimentar de quase 20 milhões de pessoas.

O relatório aponta que os impactos das mudanças climáticas estão se tornando mais dramáticos. O material informa que a taxa de aumento do nível do mar dobrou desde 1993. Os últimos dois anos e meio sozinhos são responsáveis ​​por 10% do aumento geral do nível do mar desde que as medições por satélite começaram, há quase 30 anos.

Em 2022, a camada de gelo da Groenlândia perdeu massa pelo 26º ano consecutivo e choveu –ao invés de nevar– pela primeira vez no mês de setembro. Na Suíça, 6% do volume das geleiras foi perdido entre 2021 e 2022, de acordo com as medições iniciais.

Há indicações iniciais de derretimento recorde nas geleiras dos Alpes europeus no ano, com perdas médias de espessura entre 3 e mais de 4 metros medidas em todos os Alpes, consideravelmente mais do que no ano recorde anterior, de 2003, segundo o documento.

CNN Brasil


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djaildo

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