Corte no MEC pode tirar R$ 1 bilhão da educação básica e atingir também livros didáticos
A redução dos recursos ameaça até os livros didáticos e o transporte escolar.
O projeto do Planalto prevê ampliar recursos para os ministérios de Infraestrutura e Desenvolvimento Regional para uso até dezembro, mas precisa passar por aprovação de deputados e senadores.
Caso o corte seja aprovado da forma como está previsto, ao menos R$ 1,1 bilhão sairá de ações como reformas de escolas e compra de móveis em estados como Goiás, Rondônia, Pará, Roraima, e Tocantins.
O corte também inclui R$ 298,5 milhões que iriam para a produção, aquisição e distribuição de livros e materiais didáticos e R$ 4,1 milhões em compra de veículos para o transporte escolar em TO, RN, PB, SP, PR, GO e MS.
Fora da educação básica, a educação profissional e tecnológica também deverá ser atingida, com corte de pelo menos R$ 115,4 milhões. Há previsão de cortes para despesas de universidades e institutos federais.
Em setembro, o governo já havia bloqueado recursos do MEC e a pasta havia pedido a liberação dos recursos.
Em uma audiência na comissão que monitora as ações da educação no Congresso, o ministro Milton Ribeiro disse que o bloqueio no MEC se devia “em grande parte” para pagar emendas parlamentares.
Segundo ele, o governo precisou retirar dinheiro da educação para repassar aos projetos aprovados pelos próprios congressistas, que encaminharam recursos para outras áreas.
O ministro também reconheceu que, no primeiro semestre deste ano, ainda na gestão de Abraham Weintraub, a pasta não executou diversos programas, o que deixou recursos parados no caixa e levou a equipe econômica a bloqueá-los.
Do G1