Leilão do 5G será no dia 4 de novembro
As vantagens da tecnologia é que ela vai permitir aplicações envolvendo inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual. Existem dois tipos de rede, a 5G standalone, chamada de 5G ‘puro’: “É o 5G no estado para o qual ele foi desenvolvido, é um 5G real”, esclarece o superintendente da Anatel Abraão Balbino. Já o 5G não-standalone ou “pré-5G”, que é a migração das redes 4G. “Elas vão para o 5G não standalone e depois para o 5G standalone”.
Segundo o superintendente, a Anatel exige que as operadoras instalem já o 5G puro e não o pré-5G. Para usufruir da nova tecnologia será preciso trocar de aparelho. Mas aqueles que não quiserem, podem continuar utilizando o serviço atual, pois a transição do 4G para o 5G será gradual, de acordo com o superintendente da Anatel.
Projeto Cidades Inteligentes
A chegada da tecnologia no país vai beneficiar diversos setores como o da educação e o agronegócio, mas também vai fazer diferença no cotidiano dos brasileiros. É o que propõe o projeto Cidades Inteligentes, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
“É uma iniciativa que visa trazer para o espaço urbano as tecnologias de ponta como forma de mostrar à população que elas são indispensáveis para a melhoria e a qualidade de vida das pessoas”, afirma o presidente da ABDI, Igor Calvet.
Segundo o presidente da Agência, a tecnologia 5G vai ser fundamental para ampliar cada vez o projeto. “As cidades serão muito impactadas. Essa nova tecnologia, além da velocidade, trará um tempo de resposta que é chamada latência, muito mais baixa, o que viabilizará muitas tecnologias e inovações, então as tecnologias 5G habilitam as cidades, a indústria, o campo em uma nova era de inovações”.
A Agência já possui um plano de ação para quando a nova tecnologia chegar ao país. Em 2022, vão fornecer a tecnologia em caráter experimental para seis municípios brasileiros, ainda não definidos, com o objetivo de demonstrar para as pessoas e empresas como a 5G pode revolucionar seus negócios. “Queremos que a infraestrutura pública urbana dê condições para as empresas, através da coletividade, de se transformarem digitalmente”, explica o presidente da ABDI.
No dia 27 de setembro, a cidade de Londrina, no Paraná, foi contemplada com o programa Cidades Inteligentes. A rua Sergipe recebeu tecnologia para aumentar a conectividade na principal avenida comercial da cidade. “Servirá no primeiro momento para que os comerciantes possam trazer a população promoções, coletar informações e produzir mais valor para cada um dos clientes que passarão pela rua Sergipe. Dessa forma, nós estamos dando as condições para que população e comerciantes se insiram na era digital”, enfatizou Igor Calvet.
O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, explicou como vai funcionar. Ao conectar no Wi-Fi, o usuário receberá informações de acordo com o seu perfil. “Vai aparecer uma promoção, se você tem 50 anos de idade, daqui três quadras tem uma loja que está com promoção de um sapato, por exemplo. É a tecnologia a favor do cidadão, a ideia é exatamente fazer com que a rua Sergipe seja um projeto piloto para toda Londrina, para o Paraná e para o Brasil, no sentido de utilizar a tecnologia para gerar mais emprego e renda”.
Angelo Pamplona, de 59 anos, é comerciante na rua mais movimentada de Londrina e está bastante otimista com a novidade. “As instalações de tecnologia impactam de forma muito positiva. Vai trazer um conforto para o lojista e para o consumidor. Teremos dados dos perfis dos clientes que frequentam a rua, isso poderá ser traçado: a estratégia de marketing e venda, e também para propagar a rua com novos investimentos para novos parceiros”.
A rua Sergipe recebeu tecnologias também nos setores da segurança pública e mobilidade urbana. A ABDI instalou no local cinco luminárias inteligentes com câmeras e wi-fi integrados, software de reconhecimento facial, dois cruzamentos semafóricos com sistemas de inteligência artificial integrados e botoeiras com recursos de acessibilidade, seis câmeras de reconhecimento de placas de veículos e um centro de comando e controle com videowall.
No início de setembro, o município de Pacaraima, em Roraima, também recebeu a tecnologia de ponta. A iniciativa utiliza tecnologias como IoT (Internet das Coisas) e Inteligência Artificial (IA), voltadas para a segurança pública em zonas fronteiriças.
“É mais um trabalho do governo do estado em parceria com a ABDI. Foram instaladas 35 câmeras inteligentes de alta resolução, também iluminação de LED, substituindo os postes de madeira por postes de concreto, e também oferecendo wi-fi para população naquela região da fronteira do Brasil com a Venezuela”, explicou o governador de Roraima, Antônio Denarium.
Segundo ele, o projeto é fundamental para diminuir a violência e o crime organizado na fronteira do estado de Roraima, pois as novas tecnologias permitem monitorar com mais precisão o tráfego de pessoas na divisa. “ O sistema faz identificação de face e identificação de placas, evitando a entrada de quem não seja bem vindo no Brasil.”
O Projeto Cidades Inteligentes também está presente em cidades como Petrolina (PE), Campina Grande (PB), Salvador (BA), Macapá (AP), Curitiba (PR), Francisco Morato (SP), Foz do Iguaçu (PR) e Brasília (DF).
Fonte: Brasil 61